Exercício físico no controle da hipertensão: menos remédios, mais qualidade de vida



A hipertensão arterial, conhecida popularmente como “pressão alta”, é uma das doenças crônicas mais prevalentes em todo o mundo. No Brasil, ela afeta aproximadamente um em cada quatro adultos e está entre os principais fatores de risco para infartos e acidentes vasculares cerebrais. Embora os medicamentos sejam indispensáveis em muitos casos, estudos recentes reforçam que o exercício físico regular pode funcionar como um verdadeiro “remédio natural”, contribuindo para a redução da pressão arterial e, em certos pacientes, até diminuindo a necessidade de uso de medicamentos.


Como o exercício influencia a pressão arterial


Pesquisas publicadas em revistas médicas de referência, como Hypertension e Journal of the American Heart Association, evidenciam que exercícios aeróbicos regulares — como caminhada, corrida leve, ciclismo ou natação — podem reduzir a pressão arterial em até 10 mmHg. Esse resultado é comparável ao efeito de alguns medicamentos anti-hipertensivos. Além disso, a musculação de intensidade moderada tem mostrado eficácia ao melhorar a função dos vasos sanguíneos e aumentar a sensibilidade à insulina, o que também favorece o controle da pressão.


Práticas recomendadas para hipertensos


Não é preciso realizar treinos de alta intensidade para obter benefícios. A regularidade é o principal fator. Entre as atividades mais aconselhadas estão:



  • Caminhada, corrida leve ou ciclismo: promovem melhor circulação e fortalecem o coração.

  • Natação: minimiza o impacto nas articulações e favorece o condicionamento cardiorrespiratório.

  • Musculação leve a moderada: contribui para a força muscular e saúde óssea, sem sobrecarregar o sistema cardiovascular.

  • Práticas integrativas, como ioga e pilates: auxiliam no relaxamento e no controle do estresse, fator que também influencia a pressão arterial.


Cuidados importantes ao iniciar a atividade


Antes de começar qualquer programa de exercícios, é fundamental que pessoas com hipertensão passem por avaliação médica. O início deve ser gradual, respeitando limites individuais e evitando esforços intensos logo no início. Monitorar a pressão antes e depois das atividades também é importante para ajustar o treino com segurança.


Outro aspecto relevante é a frequência: praticar atividade física apenas nos fins de semana não é suficiente. Atividades distribuídas ao longo da semana, mesmo que em sessões mais curtas, garantem resultados mais consistentes.


Movimente-se para viver melhor


O exercício físico deve ser visto como parte central do tratamento da hipertensão, e não apenas como um complemento. Ele contribui para reduzir a pressão arterial, potencializa o efeito dos medicamentos e, em alguns casos, permite até a redução das doses prescritas. Além disso, promove mais disposição, bem-estar e qualidade de vida. Colocar o corpo em movimento é, sem dúvida, uma das estratégias mais simples e eficazes para proteger o coração e conquistar uma vida mais longa e saudável.


Dr. Rafael Rivas Pasco CRM – 15495 / SC  RQE – 15.008

Médico do Esporte

Membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) e Membro da Brazil Health







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